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Monday, 3 May 2010

Quero entrar de férias entrar no weheartit todo dia

Agora que eu tenho twitter, que eu me viciei em um site onde a gente "favorita" as fotinhos que a gente mais gosta (www.weheartit.com) e que eu descobri que eu tenho o mozilla firefox no meu pc, exatamente para ficar favoritando fotos de vários sites (como este ;] ), agora que eu não estudo mais! E eu estou achando mesmo o meu terceiro período pesado, e cheio de matéria. E o pior é que eu gosto de fazer tudo direitinho, senão me desespero! Mas eu não quero ficar falando sobre a faculdade... embora deveria estar mesmo estudando... ai, como eu detesto ficar com peso na consciência!

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Eu preciso comentar sobre os dois posts abaixo? Só que eu estou morrendo de vontade de ver o filme!!! Mas só em setembro!! Estou lendo o livro ("Nosso Lar" - FEB), com aquela lerdeza de sempre, embora ele seja até curto e bem rápido de ler (eu adoro esses livros cujos capítulos são curtíssimos, tipo este, Jane Austen e Memórias Póstumas de Brás Cubas, porque não me prendem muito tempo lendo um capítulo, já que eu gosto de ler um ou mais de uma só vez, em vez de parar no meio deles...)

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E parece que a Lei da Anistia não será revisada pelo Supremo... assim, eu fico com os dois lados (como sempre também), pois ao mesmo tempo que o perdão realmente deve ser concedido para todos, como se uma nova ordem legal e democrática começasse do zero, certos crimes e abusos cometidos pelas autoridades e outros à época da Ditadura são incompatíveis com a Constituição e com o modelo de Estado e sociedade prezados por nós; assim, esses crimes não deviam ser perdoados, mas igualmente levados em conta e punidos. Mas como eu não sou ministra do Supremo...

STF em sessão plenária do dia 29/04/2010 - "O STF acaba de retomar o julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 153. Foto:Gervásio Baptista/SCO/STF (29/04/2010)" - do Banco de Imagens do site do STF (http://www.stf.jus.br/portal/)

Thursday, 11 March 2010

Adoráveis Mulheres

Eu me abstenho de falar do dia internacional da mulher, que foi comemorado essa segunda, dia 8 de março. Além das pétalas de rosa no pátio de entrada da minha querida Uerj (das quais eu tinha que ter uma prova fotográfica!!!), de dois singelos telefonemas de tios, e do Jornal Hoje, eu sempre lembro daquelas mulheres corajosas do passado, que enfrentaram preconceitos, obstáculos mil e descréditos na luta por um mundo melhor para todos nós, tanto no que tange à política (o direito de votar), quanto ao estudo (direito a um estudo digno). Mas não todo mundo já sabe disso. Porém, tennho duas dicas de filmes interessantes sobre o tema. São filmes bem “mulherzinha” mesmo, mas que eu adoro! O primeiro se chama “Anjos Rebeldes” em português (“Ironed Jawed Angels” em inglês), passa toda hora na HBO (até porque é um filme da HBO) e é sobre a luta das sufragistas durante o governo do Presidente Wilson nos Estados Unidos. É com aquelas atrizes que agente sempre ver em filmes femininos por aí, a Francis O’Connor, Angelica Huston e Hilary Swank. Tentem ver porque, além do filme ser muito bem feitinho, tem a participação do LINDO do Patrick Dempsey! Não ia achar que ia só ter mulher revoltada e raivosa neste filme, né????

Trailer de "Anjos Rebeldes"

E o outro filmezinho legal que alegrará suas tardes soníferas ou noites de sábado perdidas se chama “Adoráveis Mulheres”, baseado no livro de 1868, “Little Women” ou “Mulherzinhas” em português, da escritora americana Louise May Alcott (o quel estou lendo). Também mostra mulheres fortes, inteligentes e sensatas, que pretendem realizar seus sonhos apesar de terem de enfretar certas dificuldades, como a falta de recursos financeiros, a situação inferior das mulheres na época e a Guerra Civil americana. É uma ótima oportunidade de ver a Winona Ryder em seu auge, a Kirsten Dunst infanta e o Gabriel Byrnes finalmente fazendo um mais ou menos-papel principal! O filme passou no Megapix outro dia, e é uma daquelas história para a família toda! =D

 

Bom, são essas minhas singelas dicas para homenagear NÓÓS! Nós que fazemos esse mundo andar e progredir sempre! Parabéns a todas nós!

Sunday, 13 September 2009

Pré-recomeço de aulas

Não vou escrever sobre "volta às aulas" (ou "volta à faculdade", já que o anterior é muito jargão infantil à lá propaganda da Di Santinni de venda de "tênis escolar")! Me recuso! Eu acho que faço isso, escrever algo deprimento e desolador toda véspera de dia de retorno às obrigações estudantis, desde que me conheço por gente - e desde que eu tenho um diário. Quebrarei a tardição sendo mais esperançosa e feliz. Talvez eu até esteja triste sim. Mas não por "voltar às aulas", mas por "sair das férias". Medo? Nenhum. Só queria mais tempo. MAIS TEMPO! Mais tempo durante a semana, para ler tudo o que eu tenho - e quero - que ler, para fazer tudo o que eu tenho - e quero - fazer, para, enfim, ser realizada. Semestre passado não foi nem um sofrimento, mas foi um choque! Mas, vamos, todos nós, em frente, com nossos tênis escolares da Di Santinni, da C&A, da Pumma, Nike ou All Star para os campi viver felizes como felizardos futuros profissionais de alta qualidade. O sonho arcadista e romântico das férias não acaba. Ele só murcha... tendo ainda picos nos fins de semana.





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Parabéns MARTIN CLARET! Dessa vez, acertou em cheio!!







A Editora Martin Claret, aquela da coleção "A Obra Prima de cada autor", finalmente decidiu mudar a capa de "Razão e Sensibilidade", de Jane Austen, lançado já há um tempo considerável. A capa, por mais bizarro para os entendidos que possa parecer, era um retrato da Charlotte Brontë. Sim, a mesma autora de "Jane Eyre". Ou seja, houve uma confusão de autoras ou um desconhecimento de retratos do séc. XIX. O pior é que eu vim descobrir, numa dessas comunidades do orkut, que a Charlotte Brontë não era muito fã da Jane. Ou melhor, não gostava dela. Provavelmente não gostava das obras dessa última, já que eu nunca ouvi dizer que elas já chegaram a se conhecer. O mais bizarro é que esse fato torna tudo mais irônico. Sabendo disso, e por gostar muito da Martin Claret, eu mandei um e-mail para eles, especificando e relatando todos esses pormenores. E eles foram muito gentis ao me responderem, avisando que iam mudar sim a a capa e ainda que lançariam "Northanger Abbey". Que feliz! Ontem, uma amiga que tinha ido à Bienal antes, disse que a capa era linda. E hoje, vi no estande da MC, na bienal, realmente que o livro é fofo! Sim, além do conteúdo, eu adoro layouts, formatação, folhas, letras e capas. Tudo para mim tem de ser belo! E é por isso que a Penguin agora faz parte de várias piadas sarcásticas do meu cotidiano...

Link de Razão e Sensibilidade da Martin Claret: http://www.martinclaret.com.br/home/detalhe.asp?paCodigo=MC20568

PS: eu deveria ganhar um cachê da Editora depois de toda essa propaganda positiva...

Thursday, 10 September 2009

To read, to write, to tea.

I’ve just finished Sense and Sensibility, a wonderful book! It’s certainly among others in my top 3 Jane Austen books; and I look forward to start, next vacation, reading the others three ones. Unfortunately, next week my duty, or better saying, my duties call and will have no time for passtime such as reading nice things. My mind will be gain compenatrate in Law and study; and the funniest and nicest activieties that will have will be chats with friends and quicks and rare “goings-outs”. But I cannot complain much! I HAVE TO STUDY, otherwise, my hapiness wont be complete and fulfilled. This las vacatiion was quite nice indeed. It was long, oddly extended, i’ve traveled, i’ve taken part in a different activiety, Sionu, i’ve gone to the movies more the once and I was able to finished 2 pending books, that were Harry Potter and the Half-Blood Prince and Sense and Sensibility. It’s a pity, however that i could not finished ALL the books, in order to feel myself relivied, or to study more for CAE. In fact CAE is being a problem to be be concerned about, for i still dont feel confortable enough with my English for this level of Cambridge examinaation. And there are only tow months left!!!

 

SIONU 07-SET-09 - S&S AUSTEN 011

 

But everything will end up well, as it always does.

Tuesday, 17 March 2009

Rápido, rápido, rápido

Digam-me: qual foi o livro que vcs leram mais rapidamente??


Como as pessoas conseguem ler livros tão rapidamente??? Eu demoro séculos! Quero dizer, "séculos". Mesmo as histórias à la Meg Cabot e cia. perduram por, no mínimo, um mês nas minhas mãos. Agora, depois de ter lido "Orgulho e Preconceito" em português, na edição fofa, mas com pequenos errinhos ortográficos da Martin Claret, estou lendo Sense and Sensibility (em inglês), e numa velocidade de leitura mais rápida que em Emma, apenas porque me acostumei com o estilo Austen de narrar e escrever. Nem uso tanto o dicionário. Decidi então me aventurar a ler Harry Potter em inglês. O sexto filme está para chegar, eu, na época auge de Harry Potter, eu parara no quarto. Como eu fiz com o quinto, vou ler o sexto só para ver o filme e dar continuação (e mais tarde fim) à série. E eu pesando que ia ser facílimo ler Harry Potter VI, afinal, bem, é Harry Potter, é moderno, é jovem, é mais fácil.


(...)


MAS O QUÊ???? A cada 3 frases, preciso correr aos meus dicionários: inglês/português e/ou inglês/inglês. Nunca percebi quão escasso é o meu vocabulário anglo-saxônico! E que agonia viu, ler um livro assim; parando toda hora e ainda traduzindo, fazendo anotações. Conclusão? Mais um livro que eu sei que em um ano ainda vou estar folheando...

Tuesday, 22 July 2008

A velha e doce boa vida II

Algumas citações e passagens interessantes de "EMMA"

"Emma Woodhouse, handsome, clever, and rich, with a confortable home and happy disposition, seemed to unite some of the best blessings of existence; and had lived nearly twenty-one years in the world with very little to distress or vex her"
(Emma Woodhouse, bonita, inteligente e rica, com um confortável lar e alegre temperamento, parecia reunir algumas das melhores dádivas da existência; e vivera quase vinte e um anos no mundo com muito pouco para afligí-la ou irritá-la.)

"The people of Highbury have little to amuse themselves with except the people of Highbury."
(Os cidadãos de Highbury têm pouco com que se distrair a não ser com os cidadãos de Highbury)

"The real evils, indeed, of Emma's situation were the power of having rather too much her own way, and a disposition to think a little too well of herself..."
(Os verdadeiros males, realmente, da situação de Emma eram o poder de ter tudo demais de seu jeito e uma propensão para pensar um pouco bem demais dela mesma...)

"Mr. Knightley, in fact, was one of the few people who could see faults in Emma Woodhouse, and the only one who ever told her of them...."
(O Senhor Knightley, na verdade, era uma das poucas pessoas que podia ver defeitos em Emma Woodhouse, e a única que contava à ela sobre eles...)

"Vanity working on a weak head, produces every sort of mischief " Mr. Knightley
(A vaidade, quando trabalha em uma mente fraca, produz todo tipo de prejuízos)

"Better be without sense, than misapply it as you do!" Mr. Knightley
(Melhor não ter nenhuma inteligência, do que fazer mau uso dela, como você faz!)

"Men of sense do not want sill wives" Mr. Knightley
(Homens de bom-senso não querem esposas bobas)

"To Miss__________

CHARADE

My first displays the wealth and pomp pf kings,
Lords of the earth! their luxury and ease.
Another view of man, my second brings,
Behold him there, the monarch of the seas!

But, ah! united, what reverse we have!
Man's boasted power and freedom. all are flown;
Lord of the earth and sea, he bends a slave,
And woman, lovely woman, reigns alone.

Thy ready wit the word will soon suply,
May its aproval beam in that soft eye!"

(Para a Senhorita__________

CHARADA

Meu primeiro mostra a riqueza e a pompa dos reis,
Senhores da terra! Seu luxo e conforto.
Uma outra visão do homem, o meu segundo traz
Segurem ele lá, o monarca dos mares!

Mas, ah! juntos, que avesso nós temos!
Louvados poder e liberdade dos homens voaram
Senhor da terra e do mar, ele se inclina como um escravo,
E a mulher, adorável mulher, reina sozinha.

Sua pronta astúcia, a palavra logo irá abastecer
Que a aprovação sorria nesses olhos suaves!

OBS: A resposta da charada é 'cortejar', em inglês, "courtship", em qual "court" (corte) é a resposta para a primeira parte e "ship"(navio) é a resposta para a segunda parte.)


"'I lay it down as a general rule, Harriet, that if a woman doubts as to whether she should accept a man or not, she certainly ought to refuse him. If she can hesitate as to "Yes," she ought to say "No" directly.'" Emma
(Eu ponho como regra geral, Harriet, que se uma mulher duvida se deve aceitar um homem ou não, ela com certeza deve recusá-lo. Se ela pode hesitar em um "sim", ela deve dizer "não" diretamente."

"It is always incomprehensible to a man that a woman should ever refuse an offer of marriage." Emma
(É sempre incompreesível para um homem que uma mulher recuse uma proposta de casamento)

"'That is the case with us all, papa. One half of the world cannot understand the pleasures of the other.'" Emma
(Esse é o caso de todos nós, papai. Metade do mundo não consegue compreender os prazeres da outra metade)

"No, Emma, your amiable young man can be amiable only in French, not in English." Mr. Knightley
(Não, Emma, seu jovem amável pode ser amável apenas em francês, não em inglês.)

"It darted through her with the speed of an arrow that Mr. Knightley must marry no one but herself!"
(Ocorreu-lhe, com a velocidade de uma flecha, que o Senhor Knightley não deveria se casar com ninguém, mas apenas com ela)

"'A man would always wish to give a woman a better home than the one he takes her from; and he who can do it, where there is no doubt of her regard, must, I think, be the happiest of mortals.'" Mr. Knightley
(Um homem deveria sempre desejar dar a uma mulher um lar melhor do que aquele do qual ele a tira; e aquele que pode fazer isso, quando não há nenhuma dúvida da estima dela, deve, eu acho, ser o mais feliz dos mortais)

"I did not mean, I was not thinking of the salve-trade; governess-trade, I assuree you, was all that I had in view..." Miss Fairfax
(Eu não quis dizer isso, eu não estava pensando em comércio de escravos; comércio de governantas, eu te garanto, era tudo o que eu tinha em vista...")

"Donwell was famous for its strawberry-beds, which seemed a plea for the invitation; but no plea was necessary; cabbage-beds would have been enough to tempt the lady, who only wanted to be going somewhere."
(Donwell era famoso por seus pomares de morango, que pareciam um apelo para o convite; mas nenhum apelo era necessário; hortas de repolho teriam sido suficientes para seduzir a dama, que só queria sair para algum lugar.)

"She was warmly gratified - and in another moment still more so, by a little movement of more than common friendliness on his part. - He took her hand; - wether she had not herself made the first motion, she could not say - she might, perhaps, have rather offered it - but he took her hand, pressed it and certainly was on the point of carrying it to his lips - when, from some fancy or other, he suddenly let it go."
(Ela estava cordialmente agradecida - e em outro momento mais ainda, devido a um pequeno movimento mais do que amigável da parte dele. - Ele pegou sua mão; - se ela não tinha feito o primeiro gesto, ela não sabia dizer - ela deve, talvez, ter facilitado - mas ele pegou sua mão, a apertou e certamente estava quase a levando a seus lábios - quando, por um capricho ou outro, de repente a largou.)

"So unlike what a man should be! None of that upright integrity, that strict adherence to truth and principle, that disdain of trick and littleness, which a man should display in every transaction of his life." Mr Knightley
(Tão diferente do que um homem deve ser! Nada daquela honesta integridade, daquela estrita aderência a verdade e ao princípio, daquele desdém a travessuras e miudezas, que um homem deve demonstrar em todas as vinculações de sua vida.)

"(...) 'the world is not theirs, nor the world's law.'" Emma
((...)o mundo não é deles, nem suas leis.)

"But, with common sense, I am afraid I have little to do." Emma
(Mas, com bom senso, eu temo que eu tenha pouco a ver)

"So early in life - at three-and-twenty - a period when, if a man chooses a wife, he generally chooses ill." Mr. Knightley
(Tão cedo na vida - aos vinte e três - uma época em qual, se um homem escolhe uma esposa, ele geralmente escolhe mal.)

"If I loved you less, I might be able to talk about it more." Mr. Knightley
(Se eu te amasse menos, talvez eu fosse capaz de falar sobre isso mais)

"It is very difficult for the prosperous to be humble." Mr. Frank Churchill
(É muito difícil para o próspero ser humilde.)

"For when a lady's in the case,
"You know all other things give place."
(Porque quando uma dama está no contexto
Você sabe que todas as outras coisas lhe cedem lugar)

"There is a likeness in our destiny; the destiny which bids fair to connect us with two characters so much superior to our own.'"
(Existe uma semelhança em nossos destinos; o destino que leva justamente a nos conectar com duas personalidades muito superiores às nossas próprias.)

Monday, 21 July 2008

A velha e doce boa vida...

"O meu real desejo seria o de viver sem obrigações: poder caminhar, respirar sem pressa, nadar, respirar ar puro, plantar, sonhar, cozinhar, jogar, costurar, dançar, ouvir música, cantar, respirar o vapor da terra molhada, conversar, enfeitar a árvore de natal a cada dezembro, ler revistas de história, de quadrinhos, de moda, de filosofia, mas não de política! Desenhar e pintar uma paisagem, uma pessoa, conhecida ou não; fazer compras, passear, correr, brincar com os cachorros, programar festas, combinar eventos, viajar! Tocar algum ou mais de um instrumentos, respirar a música tocada por mim! Ou por outro! Ou por alguém que eu ame! Ou seja, respirar felicidades e prazeres, ou seja, viver."




É exatamente essa imagem que eu faço do livro que eu, finalmente, acabei de ler: Emma!

Emma é a protagonista da história, uma das duas filhas do muito considerado e respeitado em Highbury, Mr. Woodhouse, por quem Emma Woodhouse possui um enorme carinho, constante atenção e uma preocupação exarcebada a respeito da saúde e bem-estar do pai, que, diga-se de passagem, é um pouco hipocondríaco, pondo em termos atuais. A história, como todas as outras histórias da nossa querida, adorada e eterna escritora Jane Austen (meu frisson atual e, possivelmente, guru de uma nova era para muitas mulheres e adolescentes), se passa no início do século XIX, o século das luzes, onde tudo que é belo e atraente assume uma áurea mais eterna - tanto que tal século está na moda até hoje.


Emma Woodhouse passava seus dias lentos e tranquilos pintando, desenhando, bordando, treinando arco-e-flecha, tomando chá, tocando pianoforte, cantando, conversando, paquerando o Frank, fofocando com sua ex-tutora e ex-Miss Taylor, discutindo com Mr. Knightley, fugindo de Miss Bates, caminhando, colhendo maçãs e morangos, cuidando de seu pai, escrevendo em seu diário, enfim... tudo o que eu pretendo fazer quando passar no vestibular.


Cenas de "Emma" (1996)


O enredo gira em torno das tentativas de Emma de arranjar casamento (assunto muito importante na época) para sua nova amiga, Harriet, e dos erros, acertos e descobertas que têm durante tal esforço. Enquanto, em sua pequena cidade, inconscientemente procura a chave para a felicidade de seus amigos e conhecidos, vai descobrindo os seus próprios defeitos e desejos, e nós, os leitores, os verdadeiros enlaces e detalhes da vida e das relações sociais.



Se eu comentar mais sobre o livro, o meu blog vai virar um verdadeiro ninho de spoilers, e eu a maior estraga-prazeres! E, embora tenha lido apenas "Emma", indico a todos ler Jane Austen! Ou então, assistir aos filmes baseados em suas obras, como a minisérie da BBC de 1995, Pride and Prejudice (Orgulho e Preconceito),ou o filme, também de 1995, Razão e Sensibilidade (que vende em qualquer Lojas Americanas e Saraiva) ou o interessante Palácio das Ilusões (Mansfield Park - 1999). Com certeza, serão para qualquer um exemplos de salpicos de felicidade em um dia.

Infelizmente ela, Jane Austen, seus livros, suas histórias, seus personagens não são nem um pouco populares no Brasil. Deviam ser! Um pouco de final feliz sem tragédia, sem terror, sem paixões extensas e malogradas, apenas docemente elaboradas, com um pouco de flertes e olhares, implicâncias, fofocas perdoáveis, primeiras impressões, esforços sem desistências, paciência e inteligência em vestidos de seda e jardins... bem, um pouco (ou muito!) de Jane Austen não faz mal a ninguém...!

Tuesday, 19 February 2008

Livros, hein?

"Começa-se a sentir os efeitos de ano de vestibular..."


Estou tendo a excelente idéia de "roubar" os temas da minha redação do colégio para escrever aqui. Mesmo aqueles temas sendo, na verdade, os piores possíveis: "A violência na cidade", "O adolescente de hoje", "PAN-AMERICANO 2007 - O esporte como incentivador de cidadania", "Os problemas da educação e saúde", "A televisão fazendo cabeças", "O Brasil e o futuro", enfim... temas essencialmente sem nenhuma criatividade para pessoas - estudantes - igualmente sem. Mas, tudo bem, é compreensível que esses sejam realmente os temas para vestibulando, estudantes e tal, mas, para mim escrever sobre isso em apenas 30 LINHAS é torturante! E é o que acontece umas 2 vezes por bimestre e o que aconteceu hoje. E enquanto pensava em como resumir e o que cortar do meu rascunho de dissertação, me ocorreu que "blogs" são infinitos e não são exames de vestibular. O tema de hoje foi "A importância do livro na formação do cidadão." Sinceramente, ao mesmo tempo que é possível se fazer apenas uma frase para confirmar essa citação - é, "confirmar", pois se alguém tem ainda alguma dúvida de que "livros" são importantes na "filosofia cidadã" , por favor, pare de ler este artigo agora - também é possível escrever um livro sobre essa importância. E realmente, a minha maior dificuldade nessas redações é escrever, expor e explicar minhas opiniões em apenas curtíssimas 30 linhas!
Fragonard - "The Reader"


"O Capítulo da Vergonha"

Ouvir que a leitura é fundamental para a formação do indivíduo e que livros deviam estar mais presentes em nossos dias já é costume. Mas, na verdade, o principal costume, o de ler, não foi ainda propriamente adquirido pelo povo brasileiro, que desconhece a real importância deste bom hábito.


O que para algumas pessoas é lazer, para a maioria dos brasileiros é obrigação. A leitura, principalmente a de livros, é vista como uma atividade maçante e dispensável, essencialmente pelos jovens, que só possuem contato com algum tipo de literatura no colégio. Telenovelas parecem ser muito mais atraentes. E não apenas para esses jovens, mas para suas famílias também.


É claro que aqui não se afirma a inapropriedade de telenovelas ou da televisão, nem que estes estão substituindo em geral o hábito de ler. Não há nenhuma substituição à leitura. Ela simplesmente é presente ou não, não substituída. Muitas pessoas, inclusive jovens, apreciam ao mesmo tempo livros e televisão. Jane Austen está certa quando diz que "the person, be it gentleman or lady, who has not pleasure in a good novel, must be intolerably stupid." (a pessoa, seja ela um cavaleiro ou uma dama, que não aprecia um bom romance deve ser intoleravelmente estúpido). Muitos atestam então que em outras épocas, inclusive na época de Austen, não existia televisão, sendo assim os romances e folhetins contando histórias de amor, aventura e até suspense faziam muito sucesso e que hoje, com a televisão, as pessoas acabam acompanhando as histórias de amor, aventura e suspense pelos filmes e telenovelas. Mas não se trata de uma questão de substituição. O livro ainda ainda apresenta histórias não apenas de amor, aventura, suspense, drama e etc, como na televisão, mas também uma imensa variedade de temas, não só com romances, mas com contos, crônicas, biografias e outros. Se trata sim de uma questão de maior apelo. A televisão é mais, muito mais apelativa, já que lida com o sentido mais apelativo que existe, o da visão, da imagem, que emociona e muito o espectador. Além disso, as histórias rápidas, sem muito reflexão, as que possuem mais efeito e mais apelação realmente fazem mais sucesso do que qualquer outra coisa entre a maioria das pessoas. No que tange pois à formação e educação do indivíduo e do cidadão, não se deve contar apenas com a televisão e suas histórias em telenovelas, já que elas objetivam muito mais a distração do que a informação.

Almeida Junior - "Leitura"


Na maioria das vezes, esses adolescentes sem o costume da leitura nunca tiveram contato com um livro sequer quando crianças, e nem seus pais quando pequenos e, assim, tak hábito ocioso perdurou por gerações. A família tem grande influência na formação do indivíduo. Há exceções, mas o hábito da leitura vem de criança. E vem do lar. As lutas a favor dos livros, promovidas pelo colégio e pelo governo, que não estão surtindo efeito, comprovam tal fato.


Eu, por exemplo, sempre fui, desde pequenininha, acostumada a livros. Eu simplesmente adorava aqueles livros infantis, coloridos, com desenhos e figuras, de histórias famosas como "Cinderela", "Branca de Neve e os Sete Anões", "Chapeuzinho Vermelho" , ou mesmo historinhas não muito conhecidas. Fui também acostumada a ouvir histórias, aquelas mesmas de sempre: é perigoso falar com estranhos já que existem lobos maus, é feio sentir inveja já que pode-se ter o mesmo destino da madrasta da branca de neve, aventuras do sítio do pica-pau amarelo, entre outras. Lia muitos gibis da " Turma da Mônica"! Até hoje os tenho, é uma pequena coleção de almanacões, revistinhas e gibizinhos fofos, que lia, pintava e com eles brincava. Também adorava mitologia, principalemnte a grega, que, aliás, é a mitologia mais apelativa e interessante para alguém que incicia-se no mundo mitológico. Já mais velha, ganhei um livro da minha dinda de contos-de-fadas de vários países do mundo, "Volta ao Mundo em 52 Hisórias" é o nome do livro e ele foi e é minha pequena paixão. Lia, contava, relia. E não eram apenas histórias e folclores de diversas regiões do globo, eram também curiosidades, dados culturais e informações interessantes que o livro trazia. Era simplesmente uma viagem, mais linda que uma criança de hoje normalmente tem com a tv. Hoje em dia, essas crianças realmente possuem desenhos e programas infantis bem legais, mas nada que substitua o prazer de ler, de descobrir o mundo atravéns dos livros e a presença do pais. Mais uma vez, a televisão e a tecnologia são boas, mas deviam servir mais como um complemento da formação do jovem pela leitura e não como as responsáveis por sua formação e educação. Questiona-se até os valores transmitidos pela mídia para esses jovens. Eu me questiono se, hoje em dia, existe ainda qualquer valor.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/produto.dll/detalhe?pro_id=422997&ID=C91361A97D8071C0F05221093


Se a leitura é tão importante assim, deveria então ser alarmante a verdade incontestável de que o povo brasileiro não possui o hábito de ler. Porém, tais pessoas passam a vida sem cultiva esses costume e são capazes de dizer que nunca sentiram falta. Nem se alarmaram. Elas vêem o telejornal, trabalham, criam seus filhos, votam, são cidadãos. Entretanto, ses essas pessoas lessem mais, talvez descobrissem que tipo de cidadão elas escolheram ser. O cidadão comum ou o cidadão pensante, que realmente entende as notícias do telejornal, que trabalha bem, que cria seus filhos com úteis experiências e boas instruções, que votam com consciência.


O livro abre as portas do mundo. De vários mundos. Noções de espaço, culturas e sociedades se alargam em suas páginas. O livro faz do homem um ser pensante, crítico, instruído e informado. Crianças com mais imaginação, jovens com mais esperanças e adultos com mais vontade são as conseqüências desse bom hábito, tão pouco refletido no país. Quantos sentimentos e conhecimentos as pessoas perdem duarante uma vida sem ler! Este, na verdade, deve ser considerado o capítulo mais vergonhoso da cultura brasileira: a extrema falta de leitura deste povo.


Pena que pessoas que deveriam ler este texto não lêem...


Obs: o texto em preto é a minha redação na íntegra e o em rosa são os detalhes nos quais eu pensei na hora de escrever mas, claro, tive que cortar, ou então são detalhes interessantes sobre a minha própria experiência com livros.

Obs2: o início desse post foi escrito em 19 de fevereiro de 2008, assim como a redação; mas eu acabei por terminá-lo em 28 de julho de 2008.



Beijos!! E boas leituras!

Sunday, 10 February 2008

"Que comam bolo!"

"Como seria bom se o Brasil fosse um país de gente "culta"! ... Ou então, de gente 'mais ou menos'. Quero dizer, a "cultura popular" do Brasil poderia (ah, poderia muito bem) ser bem melhor! "


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"Maria Antonieta" (o filme) realmente surpreende. Comprei por 30, sem ter o visto antes, confiando apenas na Coppola e na capa do dvd (bem fofa e com algum rosa, uhuhuh!). E posso dizer que não me arrependi de maneira nenhuma! Havia lido algumas críticas bem ruins em relação a esse filme, mas eu realmente gostei muito - também né, tão colorido e tão rosa, com não gostar!?


Sério; eu considero a Coppola como uma diretora bem boazinha, principalmente quando comparada à outros cineastras desconhecidos propositalmente por mim, "vítimas" do sistema capitalista cinematográfico, voltado para as massas de hoje em dia. Até agora, ela não chega a ser a musa da "super arte" - mesmo por que atualmente arte é algo extremamente relativo, se é que ainda existe; os "grandes" já se foram e lembranças custam caro - mas ela pelo menos nos salva com suas idéias caprichosas e suas ótimas trilhas sonoras! ... Ou pelo menos ME salva. Bem, confesso que dela (como diretora) só assisti "Lost in Translation" - "Just Like Honey" no final é tudo! - e "Marie Antoinette". O título "Virgens Suícidas" não me convence muito, pelo contrário me repugna! Sim, essas coisas (capa de dvd, título de filme, tempo de duração, elenco e cores) me fazem sentir uma simpatia ou uma aversão imediata pelo filme.








Além de eu já ter inclinação para historinhas de reis, rainhas, palácios e intrigas, roupas de época e tal, Maria Antonieta é uma personagem bem apelativa. O filme não força a barra em nenhum momento, como anda acontecendo com os "filmes de época atuais". O uso de músicas modernas - que aliás, para o desavisado e desacostumado assusta desde o início - se encaixa (e muito bem!) no filme; tanto, que ás vezes nem se percebe que o que está tocando é um "I want Candy", "Ceremony" ou "The kings of the wild Frontier". Brilhante. E realmente, o fato de quase o filme todo girar em torno da "vida boa" de Antoinette e não mostrar nem um susurro camponês em um beco sem pão da França não é nem um pouco desagradável. Todo mundo já sabe de cor a história da Revolução Francesa, inclusive o nome todo de Robespierre (Maximilien François Marie Isidore de Robespierre) para se ter a necessidade de muitos detalhes sobre o movimento revolucionário no filme. O que acontece com a França e o papel de Antoinette em tal situação são esclarecidos entre as trocas de sapato da Rainha e são não mais que uma ou duas citações sobre cada assunto. O suficiente. Afinal, estamos vivendo o ponto de vista da monarca, ELA é a protagonista e acredito que ELA não se interessava muito por guerras, planos econômicos ou ilusões iluministas. Bom, talvez por iluminismo... há uma cena em qual ela lê "Rosseau". Bordados, caravelas na cabeça, cachorrinhos, doces (muitos doces), teatro e óperas são mais interessantes para a moça.











Gostaria muito que se fizesse um longa sobre a Revolução, mas tenho certeza que seria um desastre. Quero dizer, infelizmente, filmes de política e acontecimentos históricos "bem estruturados" e interessantes, sem drama fraco e trama pobre, não combinam com o "cinema de hoje". Ah, mas também, quem sou eu para reclamar algo? Nunca gravei nem meio minuto de curta ou escrevi um roteiro... tá, roteiro eu já escrevi. Queria me testar. Só para saber se eu poderia realmente criticar tanto as pessoas quanto eu costumo.

Existem pessoas que reclamam de tal "falta de conteúdo histórico" no filme. Porém, atualmente, como eu já disse, infelizmente, filmes não são feitos para ensinar. Se alguém quer mesmo aprender que leia um livro! É uma surpresa eu dizer isto, pois o quanto eu reclamo desses tais filmes bobos com "fundos históricos". Este é diferente. É feminino, é colorido, é adolescente, é Versailles, é doce!


De qualquer maneira, "Maria Antonieta" de Sofia Coppola vale a pena. Ou para sair do marásmo dos filmes histórico sem história, dos filmes de época sem beleza, dos filmes sobre adolescentes sem graça, dos filmes radiofônicos sem rock e dos filmes de amor sem rosa!!



Friday, 28 April 2006

A prayer for me now.

Só por que me deu uma pequena vontade lá no fundo da minha alma de postar algo aqui. Depois de uma semana difícil o que você mais espera quando chega em casa ou quando chega o fim de semana é descansar. Reparando que se a semana tivesse sido "boa", talvez vontade nenhuma de passar por esse blog teria surgido em mim. Talvez. Por que, puxando melhor pela memória, eu até pensei em visitar o site para postar alguma letra de música ou poesia ou um texto esperto(feito por moi ou non, sendo que não existe nenhuma crônica, conto ou poema feito por moi, a não ser minha redações frustadas desse ano).
Então, para cumprir promessa (uiui, não sei pra quem), eu devo antes dizer que eu acho esse poema lindo! E foi o primeiro que eu li dessa poetisa, cujo livro de sonetos já tive a sorte de pedir emprestado.

Poetas
Ai as almas dos poetas
Não as entende ninguém;
São almas de violetas
Que são poetas também.
Andam perdidas na vida,
Como as estrelas no ar;
Sentem o vento gemer
Ouvem as rosas chorar!
Só quem embala no peito
Dores amargas e secretas
É que em noites de luar
Pode entender os poetas
E eu que arrasto amarguras
Que nunca arrastou ninguém
Tenho alma pra sentir
A dos poetas também!
- Florbela Espanca
Escreverei mais. Boa noite e Boa sorTe!