Tuesday 22 July 2008

A velha e doce boa vida II

Algumas citações e passagens interessantes de "EMMA"

"Emma Woodhouse, handsome, clever, and rich, with a confortable home and happy disposition, seemed to unite some of the best blessings of existence; and had lived nearly twenty-one years in the world with very little to distress or vex her"
(Emma Woodhouse, bonita, inteligente e rica, com um confortável lar e alegre temperamento, parecia reunir algumas das melhores dádivas da existência; e vivera quase vinte e um anos no mundo com muito pouco para afligí-la ou irritá-la.)

"The people of Highbury have little to amuse themselves with except the people of Highbury."
(Os cidadãos de Highbury têm pouco com que se distrair a não ser com os cidadãos de Highbury)

"The real evils, indeed, of Emma's situation were the power of having rather too much her own way, and a disposition to think a little too well of herself..."
(Os verdadeiros males, realmente, da situação de Emma eram o poder de ter tudo demais de seu jeito e uma propensão para pensar um pouco bem demais dela mesma...)

"Mr. Knightley, in fact, was one of the few people who could see faults in Emma Woodhouse, and the only one who ever told her of them...."
(O Senhor Knightley, na verdade, era uma das poucas pessoas que podia ver defeitos em Emma Woodhouse, e a única que contava à ela sobre eles...)

"Vanity working on a weak head, produces every sort of mischief " Mr. Knightley
(A vaidade, quando trabalha em uma mente fraca, produz todo tipo de prejuízos)

"Better be without sense, than misapply it as you do!" Mr. Knightley
(Melhor não ter nenhuma inteligência, do que fazer mau uso dela, como você faz!)

"Men of sense do not want sill wives" Mr. Knightley
(Homens de bom-senso não querem esposas bobas)

"To Miss__________

CHARADE

My first displays the wealth and pomp pf kings,
Lords of the earth! their luxury and ease.
Another view of man, my second brings,
Behold him there, the monarch of the seas!

But, ah! united, what reverse we have!
Man's boasted power and freedom. all are flown;
Lord of the earth and sea, he bends a slave,
And woman, lovely woman, reigns alone.

Thy ready wit the word will soon suply,
May its aproval beam in that soft eye!"

(Para a Senhorita__________

CHARADA

Meu primeiro mostra a riqueza e a pompa dos reis,
Senhores da terra! Seu luxo e conforto.
Uma outra visão do homem, o meu segundo traz
Segurem ele lá, o monarca dos mares!

Mas, ah! juntos, que avesso nós temos!
Louvados poder e liberdade dos homens voaram
Senhor da terra e do mar, ele se inclina como um escravo,
E a mulher, adorável mulher, reina sozinha.

Sua pronta astúcia, a palavra logo irá abastecer
Que a aprovação sorria nesses olhos suaves!

OBS: A resposta da charada é 'cortejar', em inglês, "courtship", em qual "court" (corte) é a resposta para a primeira parte e "ship"(navio) é a resposta para a segunda parte.)


"'I lay it down as a general rule, Harriet, that if a woman doubts as to whether she should accept a man or not, she certainly ought to refuse him. If she can hesitate as to "Yes," she ought to say "No" directly.'" Emma
(Eu ponho como regra geral, Harriet, que se uma mulher duvida se deve aceitar um homem ou não, ela com certeza deve recusá-lo. Se ela pode hesitar em um "sim", ela deve dizer "não" diretamente."

"It is always incomprehensible to a man that a woman should ever refuse an offer of marriage." Emma
(É sempre incompreesível para um homem que uma mulher recuse uma proposta de casamento)

"'That is the case with us all, papa. One half of the world cannot understand the pleasures of the other.'" Emma
(Esse é o caso de todos nós, papai. Metade do mundo não consegue compreender os prazeres da outra metade)

"No, Emma, your amiable young man can be amiable only in French, not in English." Mr. Knightley
(Não, Emma, seu jovem amável pode ser amável apenas em francês, não em inglês.)

"It darted through her with the speed of an arrow that Mr. Knightley must marry no one but herself!"
(Ocorreu-lhe, com a velocidade de uma flecha, que o Senhor Knightley não deveria se casar com ninguém, mas apenas com ela)

"'A man would always wish to give a woman a better home than the one he takes her from; and he who can do it, where there is no doubt of her regard, must, I think, be the happiest of mortals.'" Mr. Knightley
(Um homem deveria sempre desejar dar a uma mulher um lar melhor do que aquele do qual ele a tira; e aquele que pode fazer isso, quando não há nenhuma dúvida da estima dela, deve, eu acho, ser o mais feliz dos mortais)

"I did not mean, I was not thinking of the salve-trade; governess-trade, I assuree you, was all that I had in view..." Miss Fairfax
(Eu não quis dizer isso, eu não estava pensando em comércio de escravos; comércio de governantas, eu te garanto, era tudo o que eu tinha em vista...")

"Donwell was famous for its strawberry-beds, which seemed a plea for the invitation; but no plea was necessary; cabbage-beds would have been enough to tempt the lady, who only wanted to be going somewhere."
(Donwell era famoso por seus pomares de morango, que pareciam um apelo para o convite; mas nenhum apelo era necessário; hortas de repolho teriam sido suficientes para seduzir a dama, que só queria sair para algum lugar.)

"She was warmly gratified - and in another moment still more so, by a little movement of more than common friendliness on his part. - He took her hand; - wether she had not herself made the first motion, she could not say - she might, perhaps, have rather offered it - but he took her hand, pressed it and certainly was on the point of carrying it to his lips - when, from some fancy or other, he suddenly let it go."
(Ela estava cordialmente agradecida - e em outro momento mais ainda, devido a um pequeno movimento mais do que amigável da parte dele. - Ele pegou sua mão; - se ela não tinha feito o primeiro gesto, ela não sabia dizer - ela deve, talvez, ter facilitado - mas ele pegou sua mão, a apertou e certamente estava quase a levando a seus lábios - quando, por um capricho ou outro, de repente a largou.)

"So unlike what a man should be! None of that upright integrity, that strict adherence to truth and principle, that disdain of trick and littleness, which a man should display in every transaction of his life." Mr Knightley
(Tão diferente do que um homem deve ser! Nada daquela honesta integridade, daquela estrita aderência a verdade e ao princípio, daquele desdém a travessuras e miudezas, que um homem deve demonstrar em todas as vinculações de sua vida.)

"(...) 'the world is not theirs, nor the world's law.'" Emma
((...)o mundo não é deles, nem suas leis.)

"But, with common sense, I am afraid I have little to do." Emma
(Mas, com bom senso, eu temo que eu tenha pouco a ver)

"So early in life - at three-and-twenty - a period when, if a man chooses a wife, he generally chooses ill." Mr. Knightley
(Tão cedo na vida - aos vinte e três - uma época em qual, se um homem escolhe uma esposa, ele geralmente escolhe mal.)

"If I loved you less, I might be able to talk about it more." Mr. Knightley
(Se eu te amasse menos, talvez eu fosse capaz de falar sobre isso mais)

"It is very difficult for the prosperous to be humble." Mr. Frank Churchill
(É muito difícil para o próspero ser humilde.)

"For when a lady's in the case,
"You know all other things give place."
(Porque quando uma dama está no contexto
Você sabe que todas as outras coisas lhe cedem lugar)

"There is a likeness in our destiny; the destiny which bids fair to connect us with two characters so much superior to our own.'"
(Existe uma semelhança em nossos destinos; o destino que leva justamente a nos conectar com duas personalidades muito superiores às nossas próprias.)

Monday 21 July 2008

A velha e doce boa vida...

"O meu real desejo seria o de viver sem obrigações: poder caminhar, respirar sem pressa, nadar, respirar ar puro, plantar, sonhar, cozinhar, jogar, costurar, dançar, ouvir música, cantar, respirar o vapor da terra molhada, conversar, enfeitar a árvore de natal a cada dezembro, ler revistas de história, de quadrinhos, de moda, de filosofia, mas não de política! Desenhar e pintar uma paisagem, uma pessoa, conhecida ou não; fazer compras, passear, correr, brincar com os cachorros, programar festas, combinar eventos, viajar! Tocar algum ou mais de um instrumentos, respirar a música tocada por mim! Ou por outro! Ou por alguém que eu ame! Ou seja, respirar felicidades e prazeres, ou seja, viver."




É exatamente essa imagem que eu faço do livro que eu, finalmente, acabei de ler: Emma!

Emma é a protagonista da história, uma das duas filhas do muito considerado e respeitado em Highbury, Mr. Woodhouse, por quem Emma Woodhouse possui um enorme carinho, constante atenção e uma preocupação exarcebada a respeito da saúde e bem-estar do pai, que, diga-se de passagem, é um pouco hipocondríaco, pondo em termos atuais. A história, como todas as outras histórias da nossa querida, adorada e eterna escritora Jane Austen (meu frisson atual e, possivelmente, guru de uma nova era para muitas mulheres e adolescentes), se passa no início do século XIX, o século das luzes, onde tudo que é belo e atraente assume uma áurea mais eterna - tanto que tal século está na moda até hoje.


Emma Woodhouse passava seus dias lentos e tranquilos pintando, desenhando, bordando, treinando arco-e-flecha, tomando chá, tocando pianoforte, cantando, conversando, paquerando o Frank, fofocando com sua ex-tutora e ex-Miss Taylor, discutindo com Mr. Knightley, fugindo de Miss Bates, caminhando, colhendo maçãs e morangos, cuidando de seu pai, escrevendo em seu diário, enfim... tudo o que eu pretendo fazer quando passar no vestibular.


Cenas de "Emma" (1996)


O enredo gira em torno das tentativas de Emma de arranjar casamento (assunto muito importante na época) para sua nova amiga, Harriet, e dos erros, acertos e descobertas que têm durante tal esforço. Enquanto, em sua pequena cidade, inconscientemente procura a chave para a felicidade de seus amigos e conhecidos, vai descobrindo os seus próprios defeitos e desejos, e nós, os leitores, os verdadeiros enlaces e detalhes da vida e das relações sociais.



Se eu comentar mais sobre o livro, o meu blog vai virar um verdadeiro ninho de spoilers, e eu a maior estraga-prazeres! E, embora tenha lido apenas "Emma", indico a todos ler Jane Austen! Ou então, assistir aos filmes baseados em suas obras, como a minisérie da BBC de 1995, Pride and Prejudice (Orgulho e Preconceito),ou o filme, também de 1995, Razão e Sensibilidade (que vende em qualquer Lojas Americanas e Saraiva) ou o interessante Palácio das Ilusões (Mansfield Park - 1999). Com certeza, serão para qualquer um exemplos de salpicos de felicidade em um dia.

Infelizmente ela, Jane Austen, seus livros, suas histórias, seus personagens não são nem um pouco populares no Brasil. Deviam ser! Um pouco de final feliz sem tragédia, sem terror, sem paixões extensas e malogradas, apenas docemente elaboradas, com um pouco de flertes e olhares, implicâncias, fofocas perdoáveis, primeiras impressões, esforços sem desistências, paciência e inteligência em vestidos de seda e jardins... bem, um pouco (ou muito!) de Jane Austen não faz mal a ninguém...!

Thursday 21 February 2008

Meu francês super bizarro

L' Arc de Triomphe de l'Étoile.

L’ Arc de Triomphe est un monument de 50 mètres d’hauteur localisé sur la Place de l’Étoile, au bout de l’ avenue des Champs Élysées.


Il est une hommage a les victoires militaires de Napoleon Bonaparte.


Napoleon a ordonné sa construction en 1806 (mille huit-cent-six).


Sur sa plat, il y a le Tombeau du Soldat Iconnu, mort dans le Première Guerre Mondiale.


Tuesday 19 February 2008

Livros, hein?

"Começa-se a sentir os efeitos de ano de vestibular..."


Estou tendo a excelente idéia de "roubar" os temas da minha redação do colégio para escrever aqui. Mesmo aqueles temas sendo, na verdade, os piores possíveis: "A violência na cidade", "O adolescente de hoje", "PAN-AMERICANO 2007 - O esporte como incentivador de cidadania", "Os problemas da educação e saúde", "A televisão fazendo cabeças", "O Brasil e o futuro", enfim... temas essencialmente sem nenhuma criatividade para pessoas - estudantes - igualmente sem. Mas, tudo bem, é compreensível que esses sejam realmente os temas para vestibulando, estudantes e tal, mas, para mim escrever sobre isso em apenas 30 LINHAS é torturante! E é o que acontece umas 2 vezes por bimestre e o que aconteceu hoje. E enquanto pensava em como resumir e o que cortar do meu rascunho de dissertação, me ocorreu que "blogs" são infinitos e não são exames de vestibular. O tema de hoje foi "A importância do livro na formação do cidadão." Sinceramente, ao mesmo tempo que é possível se fazer apenas uma frase para confirmar essa citação - é, "confirmar", pois se alguém tem ainda alguma dúvida de que "livros" são importantes na "filosofia cidadã" , por favor, pare de ler este artigo agora - também é possível escrever um livro sobre essa importância. E realmente, a minha maior dificuldade nessas redações é escrever, expor e explicar minhas opiniões em apenas curtíssimas 30 linhas!
Fragonard - "The Reader"


"O Capítulo da Vergonha"

Ouvir que a leitura é fundamental para a formação do indivíduo e que livros deviam estar mais presentes em nossos dias já é costume. Mas, na verdade, o principal costume, o de ler, não foi ainda propriamente adquirido pelo povo brasileiro, que desconhece a real importância deste bom hábito.


O que para algumas pessoas é lazer, para a maioria dos brasileiros é obrigação. A leitura, principalmente a de livros, é vista como uma atividade maçante e dispensável, essencialmente pelos jovens, que só possuem contato com algum tipo de literatura no colégio. Telenovelas parecem ser muito mais atraentes. E não apenas para esses jovens, mas para suas famílias também.


É claro que aqui não se afirma a inapropriedade de telenovelas ou da televisão, nem que estes estão substituindo em geral o hábito de ler. Não há nenhuma substituição à leitura. Ela simplesmente é presente ou não, não substituída. Muitas pessoas, inclusive jovens, apreciam ao mesmo tempo livros e televisão. Jane Austen está certa quando diz que "the person, be it gentleman or lady, who has not pleasure in a good novel, must be intolerably stupid." (a pessoa, seja ela um cavaleiro ou uma dama, que não aprecia um bom romance deve ser intoleravelmente estúpido). Muitos atestam então que em outras épocas, inclusive na época de Austen, não existia televisão, sendo assim os romances e folhetins contando histórias de amor, aventura e até suspense faziam muito sucesso e que hoje, com a televisão, as pessoas acabam acompanhando as histórias de amor, aventura e suspense pelos filmes e telenovelas. Mas não se trata de uma questão de substituição. O livro ainda ainda apresenta histórias não apenas de amor, aventura, suspense, drama e etc, como na televisão, mas também uma imensa variedade de temas, não só com romances, mas com contos, crônicas, biografias e outros. Se trata sim de uma questão de maior apelo. A televisão é mais, muito mais apelativa, já que lida com o sentido mais apelativo que existe, o da visão, da imagem, que emociona e muito o espectador. Além disso, as histórias rápidas, sem muito reflexão, as que possuem mais efeito e mais apelação realmente fazem mais sucesso do que qualquer outra coisa entre a maioria das pessoas. No que tange pois à formação e educação do indivíduo e do cidadão, não se deve contar apenas com a televisão e suas histórias em telenovelas, já que elas objetivam muito mais a distração do que a informação.

Almeida Junior - "Leitura"


Na maioria das vezes, esses adolescentes sem o costume da leitura nunca tiveram contato com um livro sequer quando crianças, e nem seus pais quando pequenos e, assim, tak hábito ocioso perdurou por gerações. A família tem grande influência na formação do indivíduo. Há exceções, mas o hábito da leitura vem de criança. E vem do lar. As lutas a favor dos livros, promovidas pelo colégio e pelo governo, que não estão surtindo efeito, comprovam tal fato.


Eu, por exemplo, sempre fui, desde pequenininha, acostumada a livros. Eu simplesmente adorava aqueles livros infantis, coloridos, com desenhos e figuras, de histórias famosas como "Cinderela", "Branca de Neve e os Sete Anões", "Chapeuzinho Vermelho" , ou mesmo historinhas não muito conhecidas. Fui também acostumada a ouvir histórias, aquelas mesmas de sempre: é perigoso falar com estranhos já que existem lobos maus, é feio sentir inveja já que pode-se ter o mesmo destino da madrasta da branca de neve, aventuras do sítio do pica-pau amarelo, entre outras. Lia muitos gibis da " Turma da Mônica"! Até hoje os tenho, é uma pequena coleção de almanacões, revistinhas e gibizinhos fofos, que lia, pintava e com eles brincava. Também adorava mitologia, principalemnte a grega, que, aliás, é a mitologia mais apelativa e interessante para alguém que incicia-se no mundo mitológico. Já mais velha, ganhei um livro da minha dinda de contos-de-fadas de vários países do mundo, "Volta ao Mundo em 52 Hisórias" é o nome do livro e ele foi e é minha pequena paixão. Lia, contava, relia. E não eram apenas histórias e folclores de diversas regiões do globo, eram também curiosidades, dados culturais e informações interessantes que o livro trazia. Era simplesmente uma viagem, mais linda que uma criança de hoje normalmente tem com a tv. Hoje em dia, essas crianças realmente possuem desenhos e programas infantis bem legais, mas nada que substitua o prazer de ler, de descobrir o mundo atravéns dos livros e a presença do pais. Mais uma vez, a televisão e a tecnologia são boas, mas deviam servir mais como um complemento da formação do jovem pela leitura e não como as responsáveis por sua formação e educação. Questiona-se até os valores transmitidos pela mídia para esses jovens. Eu me questiono se, hoje em dia, existe ainda qualquer valor.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/produto.dll/detalhe?pro_id=422997&ID=C91361A97D8071C0F05221093


Se a leitura é tão importante assim, deveria então ser alarmante a verdade incontestável de que o povo brasileiro não possui o hábito de ler. Porém, tais pessoas passam a vida sem cultiva esses costume e são capazes de dizer que nunca sentiram falta. Nem se alarmaram. Elas vêem o telejornal, trabalham, criam seus filhos, votam, são cidadãos. Entretanto, ses essas pessoas lessem mais, talvez descobrissem que tipo de cidadão elas escolheram ser. O cidadão comum ou o cidadão pensante, que realmente entende as notícias do telejornal, que trabalha bem, que cria seus filhos com úteis experiências e boas instruções, que votam com consciência.


O livro abre as portas do mundo. De vários mundos. Noções de espaço, culturas e sociedades se alargam em suas páginas. O livro faz do homem um ser pensante, crítico, instruído e informado. Crianças com mais imaginação, jovens com mais esperanças e adultos com mais vontade são as conseqüências desse bom hábito, tão pouco refletido no país. Quantos sentimentos e conhecimentos as pessoas perdem duarante uma vida sem ler! Este, na verdade, deve ser considerado o capítulo mais vergonhoso da cultura brasileira: a extrema falta de leitura deste povo.


Pena que pessoas que deveriam ler este texto não lêem...


Obs: o texto em preto é a minha redação na íntegra e o em rosa são os detalhes nos quais eu pensei na hora de escrever mas, claro, tive que cortar, ou então são detalhes interessantes sobre a minha própria experiência com livros.

Obs2: o início desse post foi escrito em 19 de fevereiro de 2008, assim como a redação; mas eu acabei por terminá-lo em 28 de julho de 2008.



Beijos!! E boas leituras!

Sunday 10 February 2008

"Que comam bolo!"

"Como seria bom se o Brasil fosse um país de gente "culta"! ... Ou então, de gente 'mais ou menos'. Quero dizer, a "cultura popular" do Brasil poderia (ah, poderia muito bem) ser bem melhor! "


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"Maria Antonieta" (o filme) realmente surpreende. Comprei por 30, sem ter o visto antes, confiando apenas na Coppola e na capa do dvd (bem fofa e com algum rosa, uhuhuh!). E posso dizer que não me arrependi de maneira nenhuma! Havia lido algumas críticas bem ruins em relação a esse filme, mas eu realmente gostei muito - também né, tão colorido e tão rosa, com não gostar!?


Sério; eu considero a Coppola como uma diretora bem boazinha, principalmente quando comparada à outros cineastras desconhecidos propositalmente por mim, "vítimas" do sistema capitalista cinematográfico, voltado para as massas de hoje em dia. Até agora, ela não chega a ser a musa da "super arte" - mesmo por que atualmente arte é algo extremamente relativo, se é que ainda existe; os "grandes" já se foram e lembranças custam caro - mas ela pelo menos nos salva com suas idéias caprichosas e suas ótimas trilhas sonoras! ... Ou pelo menos ME salva. Bem, confesso que dela (como diretora) só assisti "Lost in Translation" - "Just Like Honey" no final é tudo! - e "Marie Antoinette". O título "Virgens Suícidas" não me convence muito, pelo contrário me repugna! Sim, essas coisas (capa de dvd, título de filme, tempo de duração, elenco e cores) me fazem sentir uma simpatia ou uma aversão imediata pelo filme.








Além de eu já ter inclinação para historinhas de reis, rainhas, palácios e intrigas, roupas de época e tal, Maria Antonieta é uma personagem bem apelativa. O filme não força a barra em nenhum momento, como anda acontecendo com os "filmes de época atuais". O uso de músicas modernas - que aliás, para o desavisado e desacostumado assusta desde o início - se encaixa (e muito bem!) no filme; tanto, que ás vezes nem se percebe que o que está tocando é um "I want Candy", "Ceremony" ou "The kings of the wild Frontier". Brilhante. E realmente, o fato de quase o filme todo girar em torno da "vida boa" de Antoinette e não mostrar nem um susurro camponês em um beco sem pão da França não é nem um pouco desagradável. Todo mundo já sabe de cor a história da Revolução Francesa, inclusive o nome todo de Robespierre (Maximilien François Marie Isidore de Robespierre) para se ter a necessidade de muitos detalhes sobre o movimento revolucionário no filme. O que acontece com a França e o papel de Antoinette em tal situação são esclarecidos entre as trocas de sapato da Rainha e são não mais que uma ou duas citações sobre cada assunto. O suficiente. Afinal, estamos vivendo o ponto de vista da monarca, ELA é a protagonista e acredito que ELA não se interessava muito por guerras, planos econômicos ou ilusões iluministas. Bom, talvez por iluminismo... há uma cena em qual ela lê "Rosseau". Bordados, caravelas na cabeça, cachorrinhos, doces (muitos doces), teatro e óperas são mais interessantes para a moça.











Gostaria muito que se fizesse um longa sobre a Revolução, mas tenho certeza que seria um desastre. Quero dizer, infelizmente, filmes de política e acontecimentos históricos "bem estruturados" e interessantes, sem drama fraco e trama pobre, não combinam com o "cinema de hoje". Ah, mas também, quem sou eu para reclamar algo? Nunca gravei nem meio minuto de curta ou escrevi um roteiro... tá, roteiro eu já escrevi. Queria me testar. Só para saber se eu poderia realmente criticar tanto as pessoas quanto eu costumo.

Existem pessoas que reclamam de tal "falta de conteúdo histórico" no filme. Porém, atualmente, como eu já disse, infelizmente, filmes não são feitos para ensinar. Se alguém quer mesmo aprender que leia um livro! É uma surpresa eu dizer isto, pois o quanto eu reclamo desses tais filmes bobos com "fundos históricos". Este é diferente. É feminino, é colorido, é adolescente, é Versailles, é doce!


De qualquer maneira, "Maria Antonieta" de Sofia Coppola vale a pena. Ou para sair do marásmo dos filmes histórico sem história, dos filmes de época sem beleza, dos filmes sobre adolescentes sem graça, dos filmes radiofônicos sem rock e dos filmes de amor sem rosa!!



Wednesday 6 February 2008

"Ser crítica, troiana e grega ao mesmo tempo é impossível"

Um espaço em branco em minha frente não é exatamente - e somente - o que preciso para retomar a escrever boas coisas neste site, não mais destinado para minhas aventuras pessoais - e sem utilidade para ninguém exceto eu própria.
De qualquer maneira, queria que, pelo menos, pudesse extrair alguma "utilidade" desse espaço, tão há muito tempo parado! Não só desse espaço, mas da internet como um todo, por reconhecer que ela é um dos meios de acúmulo de informações, compartilhamento de experiências e oportunidades talvez bastante valiosas. E para uma moça como eu, que anseia por reconhecimento, informações diversas, relatos de úteis experiências, um papel gratificante e honrado na sociedade e uma boa sociedade, ela - a internet - há de servir para algo; ou para me fazer conhecer bons contatos ou para me fazer conhecida.

E, agora pensando, são tantas coisas a escrever - antes disso ainda, tantas coisas a ler - que o tempo se torna a substância mais preciosa do mundo! E, também agora, com a iminência de recomeçar as aulas, ele se torna a mais rara!
Quando se tem 17 anos, hoje em dia, almas parecidas com a minha têm como principais e mais frios inimigos a indecisão, a ansiedade e metade do resto das pessoas do mundo.


Essencialmente quero mais, aqui no meu "miss-litha", criticar, explicar, resumir e publicar as coisas que eu entendo serem necessárias para uma vida menos ordinária e mais reconfortante para almas iguais às minhas.
Au Revoir!

Friday 1 February 2008

BACK!

"23 postagens, última publicação em 03/05/2006"









HOJE, JANEIRO, 31: DE VOLTA!













I'M BACK!