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Thursday, 11 March 2010

Adoráveis Mulheres

Eu me abstenho de falar do dia internacional da mulher, que foi comemorado essa segunda, dia 8 de março. Além das pétalas de rosa no pátio de entrada da minha querida Uerj (das quais eu tinha que ter uma prova fotográfica!!!), de dois singelos telefonemas de tios, e do Jornal Hoje, eu sempre lembro daquelas mulheres corajosas do passado, que enfrentaram preconceitos, obstáculos mil e descréditos na luta por um mundo melhor para todos nós, tanto no que tange à política (o direito de votar), quanto ao estudo (direito a um estudo digno). Mas não todo mundo já sabe disso. Porém, tennho duas dicas de filmes interessantes sobre o tema. São filmes bem “mulherzinha” mesmo, mas que eu adoro! O primeiro se chama “Anjos Rebeldes” em português (“Ironed Jawed Angels” em inglês), passa toda hora na HBO (até porque é um filme da HBO) e é sobre a luta das sufragistas durante o governo do Presidente Wilson nos Estados Unidos. É com aquelas atrizes que agente sempre ver em filmes femininos por aí, a Francis O’Connor, Angelica Huston e Hilary Swank. Tentem ver porque, além do filme ser muito bem feitinho, tem a participação do LINDO do Patrick Dempsey! Não ia achar que ia só ter mulher revoltada e raivosa neste filme, né????

Trailer de "Anjos Rebeldes"

E o outro filmezinho legal que alegrará suas tardes soníferas ou noites de sábado perdidas se chama “Adoráveis Mulheres”, baseado no livro de 1868, “Little Women” ou “Mulherzinhas” em português, da escritora americana Louise May Alcott (o quel estou lendo). Também mostra mulheres fortes, inteligentes e sensatas, que pretendem realizar seus sonhos apesar de terem de enfretar certas dificuldades, como a falta de recursos financeiros, a situação inferior das mulheres na época e a Guerra Civil americana. É uma ótima oportunidade de ver a Winona Ryder em seu auge, a Kirsten Dunst infanta e o Gabriel Byrnes finalmente fazendo um mais ou menos-papel principal! O filme passou no Megapix outro dia, e é uma daquelas história para a família toda! =D

 

Bom, são essas minhas singelas dicas para homenagear NÓÓS! Nós que fazemos esse mundo andar e progredir sempre! Parabéns a todas nós!

Wednesday, 10 March 2010

O ipod de Antoinette

Só para aliviar um pouco a mente do post anterior, cujo assunto de "Rio de Janeiro e seus problemas fáceis de resolver mas que sofrem com o descaso e a falta de carinho por parte das autoridades, da iniciativa privada e da própria sociedade" - esses que acham que o Rio se resume ao binômio Barra-Zona Sul (pelo menos isso é uma coisa que eu percebo muito) - então, só para aliviar, olha que descoberta interessante: o pessoal de Versalhes era altamente antenado (tá, uma mudança completa de assunto)!! Vejam só a prova cabal, atestando a modernidade do casal real de França no século XVIII:



Agora eles não podem mais alegar que não sabiam da situação dos famintos da França! Humpf!


PS: Fotos tiradas pela minha amiga Natacha, historiadora e dona de uma máquina do tempo.

Sunday, 10 February 2008

"Que comam bolo!"

"Como seria bom se o Brasil fosse um país de gente "culta"! ... Ou então, de gente 'mais ou menos'. Quero dizer, a "cultura popular" do Brasil poderia (ah, poderia muito bem) ser bem melhor! "


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"Maria Antonieta" (o filme) realmente surpreende. Comprei por 30, sem ter o visto antes, confiando apenas na Coppola e na capa do dvd (bem fofa e com algum rosa, uhuhuh!). E posso dizer que não me arrependi de maneira nenhuma! Havia lido algumas críticas bem ruins em relação a esse filme, mas eu realmente gostei muito - também né, tão colorido e tão rosa, com não gostar!?


Sério; eu considero a Coppola como uma diretora bem boazinha, principalmente quando comparada à outros cineastras desconhecidos propositalmente por mim, "vítimas" do sistema capitalista cinematográfico, voltado para as massas de hoje em dia. Até agora, ela não chega a ser a musa da "super arte" - mesmo por que atualmente arte é algo extremamente relativo, se é que ainda existe; os "grandes" já se foram e lembranças custam caro - mas ela pelo menos nos salva com suas idéias caprichosas e suas ótimas trilhas sonoras! ... Ou pelo menos ME salva. Bem, confesso que dela (como diretora) só assisti "Lost in Translation" - "Just Like Honey" no final é tudo! - e "Marie Antoinette". O título "Virgens Suícidas" não me convence muito, pelo contrário me repugna! Sim, essas coisas (capa de dvd, título de filme, tempo de duração, elenco e cores) me fazem sentir uma simpatia ou uma aversão imediata pelo filme.








Além de eu já ter inclinação para historinhas de reis, rainhas, palácios e intrigas, roupas de época e tal, Maria Antonieta é uma personagem bem apelativa. O filme não força a barra em nenhum momento, como anda acontecendo com os "filmes de época atuais". O uso de músicas modernas - que aliás, para o desavisado e desacostumado assusta desde o início - se encaixa (e muito bem!) no filme; tanto, que ás vezes nem se percebe que o que está tocando é um "I want Candy", "Ceremony" ou "The kings of the wild Frontier". Brilhante. E realmente, o fato de quase o filme todo girar em torno da "vida boa" de Antoinette e não mostrar nem um susurro camponês em um beco sem pão da França não é nem um pouco desagradável. Todo mundo já sabe de cor a história da Revolução Francesa, inclusive o nome todo de Robespierre (Maximilien François Marie Isidore de Robespierre) para se ter a necessidade de muitos detalhes sobre o movimento revolucionário no filme. O que acontece com a França e o papel de Antoinette em tal situação são esclarecidos entre as trocas de sapato da Rainha e são não mais que uma ou duas citações sobre cada assunto. O suficiente. Afinal, estamos vivendo o ponto de vista da monarca, ELA é a protagonista e acredito que ELA não se interessava muito por guerras, planos econômicos ou ilusões iluministas. Bom, talvez por iluminismo... há uma cena em qual ela lê "Rosseau". Bordados, caravelas na cabeça, cachorrinhos, doces (muitos doces), teatro e óperas são mais interessantes para a moça.











Gostaria muito que se fizesse um longa sobre a Revolução, mas tenho certeza que seria um desastre. Quero dizer, infelizmente, filmes de política e acontecimentos históricos "bem estruturados" e interessantes, sem drama fraco e trama pobre, não combinam com o "cinema de hoje". Ah, mas também, quem sou eu para reclamar algo? Nunca gravei nem meio minuto de curta ou escrevi um roteiro... tá, roteiro eu já escrevi. Queria me testar. Só para saber se eu poderia realmente criticar tanto as pessoas quanto eu costumo.

Existem pessoas que reclamam de tal "falta de conteúdo histórico" no filme. Porém, atualmente, como eu já disse, infelizmente, filmes não são feitos para ensinar. Se alguém quer mesmo aprender que leia um livro! É uma surpresa eu dizer isto, pois o quanto eu reclamo desses tais filmes bobos com "fundos históricos". Este é diferente. É feminino, é colorido, é adolescente, é Versailles, é doce!


De qualquer maneira, "Maria Antonieta" de Sofia Coppola vale a pena. Ou para sair do marásmo dos filmes histórico sem história, dos filmes de época sem beleza, dos filmes sobre adolescentes sem graça, dos filmes radiofônicos sem rock e dos filmes de amor sem rosa!!