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Wednesday, 7 April 2010

Águas de Março

 

Foi pau, foi pedra, foi o fim do caminho o dia de ontem… queria realamente ter ido para a aula! E eu fico tão frustrada quando os meu planos não dão certo! Cheguei a ir para o ponto de ônibus que, GRAÇAS A DEUS (aliás, tudo ontem foi um Graças a Deus, para mim, pelo menos), é perto da minha casa, não seguindo as recomendações da minha mãe a avó, as quais achei exageradas. Chegando lá, cadê o ônibus?? Porque eu já desisti de pegar ônibus lotado (aqueles que parecem caminhões de carga de gado – tadinho dos boizinhos, por sinal), e os dois únicos 247 que passaram estavam inentráveis. Aí, voltei. Mas não antes de tirar essa foto da propaganda da traseira de um dos 247:

FOTOS CELULAR FEVEREIRO E MARÇO 2010 010

Sim! É um anúncio daquela versão de “Orgulho e Preconceito” com zumbis, adaptação que eu acho um tanto quanto ridícula, “Ogulho e Preconceito e Zumbis”. Nada “a ver” isso… Para fazer propaganda e lançar os clássicos da Jane Austen, uma das melhores escritoras do mundo e de todos os tempos, as editoras brasileiras são preguiçosas, a ponto de Austen não ser muito conhecida por aqui. Mas divulgar essas versões estranhas num 247 parece tão fácil… Isso só foi o começo das bizarrices do dia de ontem…

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Eu sei que não estamos mais em Março, mas o título vem bem a calhar… com esse calor absurdo que fez neste verão, só podia chover assim mesmo! Sensação térmica de 50º!

Eu não gosto de ficar julgando os outros, nem ficar reclamando das coisas públicas, mas algumas coisas me irritam, como certos âncoras de certos jornais da tv aberta que emitem suas opiniões indejesáveis durante a notícia. O que causou os eventos de ontem foram um conjunto de fatores, dentre eles a ocupação das encostas SIM! É triste falar isso? Sim, mas não é “desumano”, é simplesmente um fato. Ao retirar a vegetação natural dos morros, seus solos ficam “frágeis” e com mais toneladas de águas e ainda perfurações para canos, a tendência e consequência normal é que ele ceda, “quebre” e caia, levando tuudo que tem pela frente. Isso se aprende na 7º série do primário, e não é chato falar que a culpa (odeio essa palavra, mas não penso em uma substituta) por isso é da população, como disse o governador. Agora, É CLARO, que outros fatores também fizeram o problema, como, obviamente, a falta de uma política habitacional no passado, ou seja, a histórica omissão do poder público (do qual eu detesto reclamar também), que não proporcionou habitação decente, ou pelo menos, ajudou essas pessoas a se instalarem em locais seguros e adequados. Além disso, a diminuta fiscalização sobre essas construções proibidas também foi um fator. Também deve-se lembrar que não é apenas a população de baixa renda que constrói em enconstas, mas também grandes construturas e cidadãos mais abastados não respeitam o meio ambiente. A população toda, em conjunto, na verdade, sejam moradores dos morros, das planícias, dos apartamentos e condomínios do Recreio, da Urca ou da Baixada (e, é claro, o poder público) contribuem para o Rio de Janeiro continuar sendo uma cidade suja e mal estruturada: continuam jogando sacos de lixo no chão, para a chuva levar e entupir os ralos, além de lixo simples, como papéis disso, daquilo, comida, copos de plástico, palitos e etc… Daí, quando vem uma chuva mais forte e mais continuada, a culpa é do poder público, do governador, do prefeito e da natureza. Não devo negar a parcela de responsabilidade que o poder público tem, mas não se pode reclamar d’algo quando não se faz nada para tentar melhorá-lo ou quando, pior, contribui-se e também causa-se o problema. Um dia desses (e não faz muito tempo!), vi uma senhora com os cadernos de um jornal na mão. Ela simplesmente pegou um deles (provavelmente um no qual não era interessada) e jogou no chão. Um monte de folhas de papel que a senhora jogou, no chão; na verdade, em um canteiro de árvore. Depois, é culpa do prefeito. É culpa da natureza. Depois, eu perco aula, e o meu dia fica todo atrapalhado. O problema do Brasil é mais o povo do qualquer mazela externa. Um ato desse gênero não é apenas um ato feio de se perceber, não é só falta de educação (moral),  é uma falta de respeito com a natureza que nos fornece todos os recursos essenciais para a sobrevivência de qualquer ser; com a árvore que, nos dias de calor extremo, nos fornece sombra, frescor e ar puro (que fazem bastante diferença nos meses de verão no Rio); com o próprio poder público que, bem ou mal, possui gente que ainda faz o seu trabalho; com os outros cidadãos brasileiros que pagam impostos para sua cidade e suas ruas continuarem limpas, bem tratadas e não serem alagadas; e com Deus, que…, bem, deu mãos, dedos, olhos e dinheiro para essa cidadã comprar o jornal.

 

É madeira de vento, tombo da ribanceira... É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada... É o carro enguiçado, é a lama, é a lama...

Sunday, 13 September 2009

Pré-recomeço de aulas

Não vou escrever sobre "volta às aulas" (ou "volta à faculdade", já que o anterior é muito jargão infantil à lá propaganda da Di Santinni de venda de "tênis escolar")! Me recuso! Eu acho que faço isso, escrever algo deprimento e desolador toda véspera de dia de retorno às obrigações estudantis, desde que me conheço por gente - e desde que eu tenho um diário. Quebrarei a tardição sendo mais esperançosa e feliz. Talvez eu até esteja triste sim. Mas não por "voltar às aulas", mas por "sair das férias". Medo? Nenhum. Só queria mais tempo. MAIS TEMPO! Mais tempo durante a semana, para ler tudo o que eu tenho - e quero - que ler, para fazer tudo o que eu tenho - e quero - fazer, para, enfim, ser realizada. Semestre passado não foi nem um sofrimento, mas foi um choque! Mas, vamos, todos nós, em frente, com nossos tênis escolares da Di Santinni, da C&A, da Pumma, Nike ou All Star para os campi viver felizes como felizardos futuros profissionais de alta qualidade. O sonho arcadista e romântico das férias não acaba. Ele só murcha... tendo ainda picos nos fins de semana.





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Parabéns MARTIN CLARET! Dessa vez, acertou em cheio!!







A Editora Martin Claret, aquela da coleção "A Obra Prima de cada autor", finalmente decidiu mudar a capa de "Razão e Sensibilidade", de Jane Austen, lançado já há um tempo considerável. A capa, por mais bizarro para os entendidos que possa parecer, era um retrato da Charlotte Brontë. Sim, a mesma autora de "Jane Eyre". Ou seja, houve uma confusão de autoras ou um desconhecimento de retratos do séc. XIX. O pior é que eu vim descobrir, numa dessas comunidades do orkut, que a Charlotte Brontë não era muito fã da Jane. Ou melhor, não gostava dela. Provavelmente não gostava das obras dessa última, já que eu nunca ouvi dizer que elas já chegaram a se conhecer. O mais bizarro é que esse fato torna tudo mais irônico. Sabendo disso, e por gostar muito da Martin Claret, eu mandei um e-mail para eles, especificando e relatando todos esses pormenores. E eles foram muito gentis ao me responderem, avisando que iam mudar sim a a capa e ainda que lançariam "Northanger Abbey". Que feliz! Ontem, uma amiga que tinha ido à Bienal antes, disse que a capa era linda. E hoje, vi no estande da MC, na bienal, realmente que o livro é fofo! Sim, além do conteúdo, eu adoro layouts, formatação, folhas, letras e capas. Tudo para mim tem de ser belo! E é por isso que a Penguin agora faz parte de várias piadas sarcásticas do meu cotidiano...

Link de Razão e Sensibilidade da Martin Claret: http://www.martinclaret.com.br/home/detalhe.asp?paCodigo=MC20568

PS: eu deveria ganhar um cachê da Editora depois de toda essa propaganda positiva...

Thursday, 10 September 2009

To read, to write, to tea.

I’ve just finished Sense and Sensibility, a wonderful book! It’s certainly among others in my top 3 Jane Austen books; and I look forward to start, next vacation, reading the others three ones. Unfortunately, next week my duty, or better saying, my duties call and will have no time for passtime such as reading nice things. My mind will be gain compenatrate in Law and study; and the funniest and nicest activieties that will have will be chats with friends and quicks and rare “goings-outs”. But I cannot complain much! I HAVE TO STUDY, otherwise, my hapiness wont be complete and fulfilled. This las vacatiion was quite nice indeed. It was long, oddly extended, i’ve traveled, i’ve taken part in a different activiety, Sionu, i’ve gone to the movies more the once and I was able to finished 2 pending books, that were Harry Potter and the Half-Blood Prince and Sense and Sensibility. It’s a pity, however that i could not finished ALL the books, in order to feel myself relivied, or to study more for CAE. In fact CAE is being a problem to be be concerned about, for i still dont feel confortable enough with my English for this level of Cambridge examinaation. And there are only tow months left!!!

 

SIONU 07-SET-09 - S&S AUSTEN 011

 

But everything will end up well, as it always does.

Tuesday, 22 July 2008

A velha e doce boa vida II

Algumas citações e passagens interessantes de "EMMA"

"Emma Woodhouse, handsome, clever, and rich, with a confortable home and happy disposition, seemed to unite some of the best blessings of existence; and had lived nearly twenty-one years in the world with very little to distress or vex her"
(Emma Woodhouse, bonita, inteligente e rica, com um confortável lar e alegre temperamento, parecia reunir algumas das melhores dádivas da existência; e vivera quase vinte e um anos no mundo com muito pouco para afligí-la ou irritá-la.)

"The people of Highbury have little to amuse themselves with except the people of Highbury."
(Os cidadãos de Highbury têm pouco com que se distrair a não ser com os cidadãos de Highbury)

"The real evils, indeed, of Emma's situation were the power of having rather too much her own way, and a disposition to think a little too well of herself..."
(Os verdadeiros males, realmente, da situação de Emma eram o poder de ter tudo demais de seu jeito e uma propensão para pensar um pouco bem demais dela mesma...)

"Mr. Knightley, in fact, was one of the few people who could see faults in Emma Woodhouse, and the only one who ever told her of them...."
(O Senhor Knightley, na verdade, era uma das poucas pessoas que podia ver defeitos em Emma Woodhouse, e a única que contava à ela sobre eles...)

"Vanity working on a weak head, produces every sort of mischief " Mr. Knightley
(A vaidade, quando trabalha em uma mente fraca, produz todo tipo de prejuízos)

"Better be without sense, than misapply it as you do!" Mr. Knightley
(Melhor não ter nenhuma inteligência, do que fazer mau uso dela, como você faz!)

"Men of sense do not want sill wives" Mr. Knightley
(Homens de bom-senso não querem esposas bobas)

"To Miss__________

CHARADE

My first displays the wealth and pomp pf kings,
Lords of the earth! their luxury and ease.
Another view of man, my second brings,
Behold him there, the monarch of the seas!

But, ah! united, what reverse we have!
Man's boasted power and freedom. all are flown;
Lord of the earth and sea, he bends a slave,
And woman, lovely woman, reigns alone.

Thy ready wit the word will soon suply,
May its aproval beam in that soft eye!"

(Para a Senhorita__________

CHARADA

Meu primeiro mostra a riqueza e a pompa dos reis,
Senhores da terra! Seu luxo e conforto.
Uma outra visão do homem, o meu segundo traz
Segurem ele lá, o monarca dos mares!

Mas, ah! juntos, que avesso nós temos!
Louvados poder e liberdade dos homens voaram
Senhor da terra e do mar, ele se inclina como um escravo,
E a mulher, adorável mulher, reina sozinha.

Sua pronta astúcia, a palavra logo irá abastecer
Que a aprovação sorria nesses olhos suaves!

OBS: A resposta da charada é 'cortejar', em inglês, "courtship", em qual "court" (corte) é a resposta para a primeira parte e "ship"(navio) é a resposta para a segunda parte.)


"'I lay it down as a general rule, Harriet, that if a woman doubts as to whether she should accept a man or not, she certainly ought to refuse him. If she can hesitate as to "Yes," she ought to say "No" directly.'" Emma
(Eu ponho como regra geral, Harriet, que se uma mulher duvida se deve aceitar um homem ou não, ela com certeza deve recusá-lo. Se ela pode hesitar em um "sim", ela deve dizer "não" diretamente."

"It is always incomprehensible to a man that a woman should ever refuse an offer of marriage." Emma
(É sempre incompreesível para um homem que uma mulher recuse uma proposta de casamento)

"'That is the case with us all, papa. One half of the world cannot understand the pleasures of the other.'" Emma
(Esse é o caso de todos nós, papai. Metade do mundo não consegue compreender os prazeres da outra metade)

"No, Emma, your amiable young man can be amiable only in French, not in English." Mr. Knightley
(Não, Emma, seu jovem amável pode ser amável apenas em francês, não em inglês.)

"It darted through her with the speed of an arrow that Mr. Knightley must marry no one but herself!"
(Ocorreu-lhe, com a velocidade de uma flecha, que o Senhor Knightley não deveria se casar com ninguém, mas apenas com ela)

"'A man would always wish to give a woman a better home than the one he takes her from; and he who can do it, where there is no doubt of her regard, must, I think, be the happiest of mortals.'" Mr. Knightley
(Um homem deveria sempre desejar dar a uma mulher um lar melhor do que aquele do qual ele a tira; e aquele que pode fazer isso, quando não há nenhuma dúvida da estima dela, deve, eu acho, ser o mais feliz dos mortais)

"I did not mean, I was not thinking of the salve-trade; governess-trade, I assuree you, was all that I had in view..." Miss Fairfax
(Eu não quis dizer isso, eu não estava pensando em comércio de escravos; comércio de governantas, eu te garanto, era tudo o que eu tinha em vista...")

"Donwell was famous for its strawberry-beds, which seemed a plea for the invitation; but no plea was necessary; cabbage-beds would have been enough to tempt the lady, who only wanted to be going somewhere."
(Donwell era famoso por seus pomares de morango, que pareciam um apelo para o convite; mas nenhum apelo era necessário; hortas de repolho teriam sido suficientes para seduzir a dama, que só queria sair para algum lugar.)

"She was warmly gratified - and in another moment still more so, by a little movement of more than common friendliness on his part. - He took her hand; - wether she had not herself made the first motion, she could not say - she might, perhaps, have rather offered it - but he took her hand, pressed it and certainly was on the point of carrying it to his lips - when, from some fancy or other, he suddenly let it go."
(Ela estava cordialmente agradecida - e em outro momento mais ainda, devido a um pequeno movimento mais do que amigável da parte dele. - Ele pegou sua mão; - se ela não tinha feito o primeiro gesto, ela não sabia dizer - ela deve, talvez, ter facilitado - mas ele pegou sua mão, a apertou e certamente estava quase a levando a seus lábios - quando, por um capricho ou outro, de repente a largou.)

"So unlike what a man should be! None of that upright integrity, that strict adherence to truth and principle, that disdain of trick and littleness, which a man should display in every transaction of his life." Mr Knightley
(Tão diferente do que um homem deve ser! Nada daquela honesta integridade, daquela estrita aderência a verdade e ao princípio, daquele desdém a travessuras e miudezas, que um homem deve demonstrar em todas as vinculações de sua vida.)

"(...) 'the world is not theirs, nor the world's law.'" Emma
((...)o mundo não é deles, nem suas leis.)

"But, with common sense, I am afraid I have little to do." Emma
(Mas, com bom senso, eu temo que eu tenha pouco a ver)

"So early in life - at three-and-twenty - a period when, if a man chooses a wife, he generally chooses ill." Mr. Knightley
(Tão cedo na vida - aos vinte e três - uma época em qual, se um homem escolhe uma esposa, ele geralmente escolhe mal.)

"If I loved you less, I might be able to talk about it more." Mr. Knightley
(Se eu te amasse menos, talvez eu fosse capaz de falar sobre isso mais)

"It is very difficult for the prosperous to be humble." Mr. Frank Churchill
(É muito difícil para o próspero ser humilde.)

"For when a lady's in the case,
"You know all other things give place."
(Porque quando uma dama está no contexto
Você sabe que todas as outras coisas lhe cedem lugar)

"There is a likeness in our destiny; the destiny which bids fair to connect us with two characters so much superior to our own.'"
(Existe uma semelhança em nossos destinos; o destino que leva justamente a nos conectar com duas personalidades muito superiores às nossas próprias.)

Monday, 21 July 2008

A velha e doce boa vida...

"O meu real desejo seria o de viver sem obrigações: poder caminhar, respirar sem pressa, nadar, respirar ar puro, plantar, sonhar, cozinhar, jogar, costurar, dançar, ouvir música, cantar, respirar o vapor da terra molhada, conversar, enfeitar a árvore de natal a cada dezembro, ler revistas de história, de quadrinhos, de moda, de filosofia, mas não de política! Desenhar e pintar uma paisagem, uma pessoa, conhecida ou não; fazer compras, passear, correr, brincar com os cachorros, programar festas, combinar eventos, viajar! Tocar algum ou mais de um instrumentos, respirar a música tocada por mim! Ou por outro! Ou por alguém que eu ame! Ou seja, respirar felicidades e prazeres, ou seja, viver."




É exatamente essa imagem que eu faço do livro que eu, finalmente, acabei de ler: Emma!

Emma é a protagonista da história, uma das duas filhas do muito considerado e respeitado em Highbury, Mr. Woodhouse, por quem Emma Woodhouse possui um enorme carinho, constante atenção e uma preocupação exarcebada a respeito da saúde e bem-estar do pai, que, diga-se de passagem, é um pouco hipocondríaco, pondo em termos atuais. A história, como todas as outras histórias da nossa querida, adorada e eterna escritora Jane Austen (meu frisson atual e, possivelmente, guru de uma nova era para muitas mulheres e adolescentes), se passa no início do século XIX, o século das luzes, onde tudo que é belo e atraente assume uma áurea mais eterna - tanto que tal século está na moda até hoje.


Emma Woodhouse passava seus dias lentos e tranquilos pintando, desenhando, bordando, treinando arco-e-flecha, tomando chá, tocando pianoforte, cantando, conversando, paquerando o Frank, fofocando com sua ex-tutora e ex-Miss Taylor, discutindo com Mr. Knightley, fugindo de Miss Bates, caminhando, colhendo maçãs e morangos, cuidando de seu pai, escrevendo em seu diário, enfim... tudo o que eu pretendo fazer quando passar no vestibular.


Cenas de "Emma" (1996)


O enredo gira em torno das tentativas de Emma de arranjar casamento (assunto muito importante na época) para sua nova amiga, Harriet, e dos erros, acertos e descobertas que têm durante tal esforço. Enquanto, em sua pequena cidade, inconscientemente procura a chave para a felicidade de seus amigos e conhecidos, vai descobrindo os seus próprios defeitos e desejos, e nós, os leitores, os verdadeiros enlaces e detalhes da vida e das relações sociais.



Se eu comentar mais sobre o livro, o meu blog vai virar um verdadeiro ninho de spoilers, e eu a maior estraga-prazeres! E, embora tenha lido apenas "Emma", indico a todos ler Jane Austen! Ou então, assistir aos filmes baseados em suas obras, como a minisérie da BBC de 1995, Pride and Prejudice (Orgulho e Preconceito),ou o filme, também de 1995, Razão e Sensibilidade (que vende em qualquer Lojas Americanas e Saraiva) ou o interessante Palácio das Ilusões (Mansfield Park - 1999). Com certeza, serão para qualquer um exemplos de salpicos de felicidade em um dia.

Infelizmente ela, Jane Austen, seus livros, suas histórias, seus personagens não são nem um pouco populares no Brasil. Deviam ser! Um pouco de final feliz sem tragédia, sem terror, sem paixões extensas e malogradas, apenas docemente elaboradas, com um pouco de flertes e olhares, implicâncias, fofocas perdoáveis, primeiras impressões, esforços sem desistências, paciência e inteligência em vestidos de seda e jardins... bem, um pouco (ou muito!) de Jane Austen não faz mal a ninguém...!